terça-feira, 28 de junho de 2011

APRENDENDO COM O MESTRE DRUMMOND 57

Um dia desses, eu separo um tempinho e ponho em dia todos os choros que não tenho tido tempo de chorar.
JCA

CONVERSAS À BEIRA DO LAGO 7


Hoje é sábado e chegou a hora da caminhada, pulei cedinho da cama, banho, leite (um litro), limpeza no quintal e direto para o lago. Chegamos juntos. Alongamento e iniciamos os primeiros passos como sempre em silêncio, depois de poucos minutos ele se virou e fuzilou-me como se tivesse percebido alguma coisa: - Pode perguntar que se eu souber respondo. Que susto, como ele poderia saber? O fato é que desde que saí de casa pensava em como saber do meu “mestre”, qual era sua impressão sobre uma amizade verdadeira, esperava a hora certa. Como ele se adiantou aproveitei a deixa: - Por favor, me diga quanto vale uma amizade? Silêncio... Mais silêncio... E... Finalmente... Olha rapaz prá responder sua pergunta eu precisaria inventar uma nova instituição no conceito das medidas. Em metro não poderia estabelecer quanto vale uma amizade, em litros também não daria, em dinheiro eu nem tentaria. No entanto preciso te ajudar a entender isso que te perturba. Amizade não se mede não se pode mensurar. As verdadeiras muito menos, amigo que está sempre por perto, que na hora do aperto mete a mão no bolso e te atende. Na dor tem sempre um ombro ou uma palavra de alento. Nos momentos de alegria é o primeiro a chegar e só sai depois que ajuda a organizar a bagunça. É aquele que quando você menos espera liga nem que seja só para perguntar como você está. Larga tudo prá te atender, mesmo que passe algum apuro. Como posso medir isso? Como estabelecer um valor? Confesso que desta vez você me apertou sem me abraçar. Olha no meu modo de entender amizade não tem medida, não tem valor nem pode ter preço. Não tem emprego que pague. Uma mulher maravilhosa, casa na praia, carro importado ou qualquer outra coisa. Vou te dizer, se me dessem uma casa na praia, dessas de frente pro mar e na garagem um carrão importado. Se, além disso, nesta casa pudesse ser colocada a mulher que mais desejei na vida, ainda assim não trocaria todos estes presentes pelo mais distante dos meus amigos. Amigo tem que ser aquela pessoa com a qual você convive, ama, respeita, admira às vezes e odeia outras tantas, mas jamais irá deixar de morar em seu coração. Se você for capaz de me dizer quanto pagaria a alguém que pudesse numa hora de grande sofrimento, sem dizer uma palavra, apenas com um abraço aliviar a sua dor, então por certo será este o valor de uma amizade. Tomara que tenha respondido. Hora do nosso silêncio, quem sabe nele aprenderemos o valor de uma amizade.

JCA


DE MINAS PARA O MUNDO 24 - 14 BIS

O 14bis foi criado no final do ano de 1979, por músicos que já se conheciam e alimentavam a idéia de ter uma banda brasileira nos moldes daquelas bandas internacionais que tanto influenciaram e emocionaram seus integrantes. Beatles, Rolling Stones, Deep Purple, Yes, Led Zeppelin, Pink Floyd entre muitas outras.
Mas a influência não se resume a música criada fora do Brasil. O “Clube da Esquina” foi para todos do 14 a prova que poderia ser criada no Brasil uma nova Música Brasileira original, popular e ao mesmo tempo sofisticada .
Antes da fundação do 14bis era diante desse caldeirão musical que seus futuros integrantes sonhavam em gravar suas canções e atingir o sucesso. Enquanto isso não era possível trabalhavam cada um junto a um grupo ou artista diferente, sempre buscando o amadurecimento musical e profissional (Flávio e Magrão estavam no “Terço”, Hely e Vermelho no “Bendegó” e Cláudio com Lô Borges).
Naqueles anos o Brasil ainda em processo de redemocratização era um país onde a formação de uma banda era vista com desconfiança pelas gravadoras. Foi com o aval de Milton Nascimento (produtor do primeiro disco) que o 14 foi contratado pela multinacional EMI Odeon para gravar o 14bis I, disco que rapidamente galgou as paradas com canções como Natural e Canção da América, esta uma inédita de Milton Nascimento e Fernando Brant.
No ano seguinte foi lançado o disco 14bis II, disco considerado clássico da banda com inovações harmônicas, vocais e instrumentais trazendo mais sucesso e afirmação no cenário musical brasileiro para o 14bis. Neste disco se destacam músicas como Planeta Sonho, Nova Manhã, Caçador de Mim, Bola de Meia entre outras. Em 1981 foi lançado o “Espelho das Águas” disco onde a banda apresentou novos ritmos e arranjos como pode-se notar em “Mesmo de Brincadeira “ um country mineiro ou “A qualquer Tempo “ um barroco mineiro, além de apresentar mais um clássico inédito de Milton e Brant, “ Nos Bailes da Vida ".
1982 veio com “Além Paraíso” gravado depois de uma viajem aos EUA onde a banda comprou o melhor equipamento existente à época, fato que ajudou a aprimorar ainda mais a sonoridade do disco. O grande hit foi “Linda Juventude”. Em 83 saiu “A Idade da Luz” quinto disco em menos de cinco anos, com mais um grande hit “Todo Azul do Mar”.
Aí veio o sexto disco onde o 14 experimenta e flerta com a new age (movimento musical britânico). Novas parcerias musicais e estéticas mostram que “A Nave Vai” é multifacetado desde a capa ao conteúdo. Canções como “Nuvens”, blues como “Figura Rara” e a new age “Outras Dimensões” traduzem a inquietude musical e a busca incessante do novo pelos seus integrantes.
O sétimo disco é o último disco de canções inéditas, composto e gravado com a formação original da banda e marca a saída de Flávio Venturini do 14bis para a melhor condução de uma carreira solo que já havia rendido 2 discos paralelos ao trabalho da banda . A parceria com Renato Russo em “Mais uma Vez” é um grande sucesso desse trabalho.
Naquele mesmo ano de 1987 foi gravado o primeiro disco ao vivo do 14bis “14bis ao Vivo” ainda com a formação original.
Já nos anos 90 o 14 lança “Quatro por Quatro”, disco raro no mercado que apresenta músicas como “Romance”, “O Fogo do teu Olhar”, “Dona de Mim” entre outras.
O décimo disco é também o primeiro gravado fora do Brasil, “Siga o Sol” foi quase todo gravado e mixado em New York refletindo bem o momento e o amadurecimento do grupo. No final nos anos 90 a banda grava o “Bis acústico” apresentando aos fans grandes sucessos da banda no formato acústico e também canções inéditas como “Sonhando o Futuro”.
Em 2000 a banda grava com o grupo “Boca Livre” um belo trabalho ao vivo “14bis e Boca Livre ao vivo” com clássicos das duas bandas.
Chega 2004 e lançam mais um disco de músicas inéditas, “Outros Planos” onde a banda mostra novas parcerias e belas músicas como “Outono”, “Canções de Guerra” e “Constelações” entre muitas outras.
O trabalho mais recente é o CD e DVD “14BIS ao vivo”, primeiro DVD da banda contendo seus grandes sucessos e trazendo a participação de Flávio Venturini, Beto Guedes, Rogério Flausino e Marcus Vianna.
Os planos para o futuro breve são o remix do CD “Outros Planos” com a adição de duas canções inéditas e a comemoração dos 30 anos da banda com a volta de Flávio Venturini para a gravação de um CD e DVD de sucessos da banda e de inéditas do grupo compostas especialmente para comemorar estes 30 anos de sucesso.
 
O 14Bis é formado por:

Cláudio Venturini - Guitarra - Vocal
Hely Rodrigues – Bateria
Sergio Magrão – Baixo – Vocal
Vermelho – Teclados - Vocal
e Flávio Venturini na formação original.

JCA

MENSAGENS DA TRAÇO LEAL - REFLEXÕES

Preferia perder meu melhor amigo ao meu maior inimigo. Para ter amigos só é preciso ter boa índole; mas quando um homem não tem mais inimigos, certamente há algo de desprezível nele. Oscar Wide

JCA

sexta-feira, 24 de junho de 2011

E SE...

 
E se a violência não existisse entre os homens?
E se as crianças e adolescentes não se interessassem pelas drogas?
E se o consumo excessivo de álcool não destruísse as famílias?
E se a água, nosso bem precioso, fosse preservada?
E se o interesse econômico não devastasse florestas e matas?
E se a educação fosse priorizada nas atitudes dos políticos?
E se a saúde não precisasse ser mendigada pelos mais carentes?
E se o preconceito fosse banido do planeta?
E se a religiosidade e a diversidade de religiões fossem respeitadas por todos?
E se torcer por um determinado time de futebol deixasse de provocar agressões?
E se o trânsito fosse apenas uma alternativa de transporte e não um campo de guerra?
E se os morros do Rio de Janeiro fossem locais onde se fosse para apreciar a paisagem?
E se a polícia existisse exclusivamente para proteger a vida e a liberdade das pessoas?
E se as casas não precisassem de tantas grades e cadeados que aprisionam as famílias?
E se a paz entre os povos e os vizinhos se transformasse em realidade?
E se ninguém mais precisasse dormir nas ruas e passar fome nos séculos que virão?
E se no mundo houvesse apenas “caçadores” de felicidade?
E se matança fosse uma palavra abolida de todos os idiomas?
E se o homem despertasse para o valor da vida, do amor e da justiça?
E se um futuro melhor realmente existir e puder ser compartilhado por todos os seres humanos?
E se pudessem voltar as cadeiras nas calçadas e as conversas com amigos depois de jantar?
E se as crianças voltassem a brincar nas ruas com inocência e tranquilidade?
Muito podem me chamar de saudosista, utópico ou sonhador, mas felizmente eu não sou o único e acredito que muitos dariam tudo para que pelo menos parte deste texto pudesse se transformar em realidade.
Tomara que a consciência daqueles que detêm o poder possa ser alcançada um dia por valores que deixaram de ser importantes em nosso tempo.

Vou continuar, procurando, desejando, esperando e tentando fazer tudo isso acontecer.

JCA

CONVERSAS À BEIRA DO LAGO 6

Hora da caminhada, cheguei atrasado hoje e levei bronca do velhinho. Fiquei um pouco chateado, pois já o esperei outras vezes e não reclamei de nada. Por conta da “chamada” fiquei mudo por um tempo. Mas quem tem mestre por perto sempre aprende uma lição. Com a tranqüilidade de sempre ele me disse uma frase: “O elogio nos engana as críticas nos fazem crescer”. Ouvi e continuei sem dizer nenhuma palavra, mas pensei, refleti e caminhei. Já na volta, quase no final de nosso trajeto, simplesmente lhe agradeci pela frase. Calmo como sempre me perguntou se entendi, respondi que precisava de tempo para digerir o conteúdo, mas que voltaria a falar com ele sobre o assunto. No fundo eu estava achando que a frase tinha a ver com o meu atraso, mas não queria dizer, não queria dar o braço a torcer. Por que será que um simples comentário consegue nos magoar tanto. Eu estava me sentindo verdadeiramente triste com a bronca que levei, e olha que foi de forma muito elegante que o meu amigo me disse que deixar alguém esperando era uma tremenda falta de respeito, por duas razões: primeiro a expectativa, as emoções que vão se avolumando para a minha chegada. A pessoa se nutre de mil coisas boas para dedicar àquele que chega e na espera este volume vai diminuindo, por isso muitas vezes encontramos alguém que parece nem ter percebido a nossa chegada, apesar de estar marcado; segundo nós devemos nesta vida sempre nos colocar como o número dois, no mínimo. Todos devem estar em primeiro plano, esta é a única maneira de sermos tratados assim também pelos outros. A maior atenção a eles, o maior respeito a eles, a obrigação de cumprir os compromissos assumidos e os horários estabelecidos. Respeitar os outros em seus direitos, necessidades e limitações é maior qualidade que nós humanos podemos ter. E veio o silêncio sem que eu tivesse argumentos para responder.

JCA

APRENDENDO COM O MESTRE DRUMMOND 56

Entre a dor e o nada o que você escolhe ?

JCA