sábado, 28 de dezembro de 2013

CONVERSAS À BEIRA DO LAGO 12

Passou o natal estamos já visualizando os primeiros raios do ano novo, este 2014 que vem se aproximando velozmente e depois de muito tempo de afastamento involuntário, decidi voltar ao lago e reencontrar meu mestre e amigo. assim fiz, coloquei meu tênis mais confortável, um short discreto e uma regata, que na verdade só vestiria até começar a caminhada. cheguei ao local meio desconcertado, meio sem saber se encontraria ou não meu amigo depois de tanto tempo. como de costume me sentei e esperei, não tardou surgiu aquele homem que tanto me ensina e tanto bem me faz. A gente nunca pode imaginar a reação de um gênio, de um ser supremo, aproximou-se de mm e cumprimentou-me como se nunca tivéssemos nos afastado, confesso que isso me emocionou, perguntei como ele estava respondeu-me que ia muito bem não gostava muito de andar sem companhia mas mesmo assim to indo em frente. Então meu medo virou realidade, ele muito calmamente perguntou por que apareci de repente, pensei, pensei e só então percebi o que poderia ter ocorrido, passei muito tempo preocupado em ganhar dinheiro, guardar dinheiro, trocar de carro, comprar outra casa, e nesse período todo, me esqueci de viver, esqueci das coisas que realmente são importantes na vida de cada um, amigos, alguma coisa que realmente dê prazer, ficar mais perto e conviver de verdade com a família que Deus nos deu, brincar com os cachorros que ficam quase abandonados recebendo apenas água e comida e de maneira muito especial me afastei de você que tanto me ensina, me incentiva, me mostra o lado bom de tudo. Não sei porque só me dei conta de tudo isso quando cheguei aqui e você me fez esta pergunta, precisava estar aqui, te encontrar, conversar com você, mas não sabia disso verdadeiramente. Muito obrigado por fazer aparecer o melhor de mim. Ele continuou em silêncio e me convidou para começarmos a caminhada matinal, depois de alguns passos me olhou e disse com muita calma, filho eu é que preciso te agradecer por várias razões, uma por ter aparecido, pois senti muito sua falta, outra por me ensinar que o maldito dinheiro não é tão importante como eu passei a vida toda pensando. Quero te agradecer ainda por se abrir comigo de modo natural como se fôssemos velhos amigos ou mesmo pai e filho e finalmente por me dar a honra de poder aprender todas as manhãs com nossas conversas. Por favor apareça mais vezes e me ensine sempre, mas agora vamos caminhar em silêncio pois no silêncio a gente aprende...

J.C.A.