quinta-feira, 18 de março de 2010

O SEMPRE INESPERADO ENCONTRO COM A MORTE

COMO ENFRENTAR UMA DESPEDIDA NÃO PROGRAMADA, E PARA SEMPRE?

Na história de nossa existência uma certeza é absoluta. Todos deixaremos este mundo em determinado momento. Alguns fora do combinado, como diz Rolando Boldrin, outros por motivos de doença, coisa triste de entender e mais ainda de aceitar, poucos partem já com idade avançada e sem muita consciência do que ocorre à sua volta, bondade do criador, pois se permanecessem conscientes não conseguiriam viver tanto. Enfim chega a hora em que alguém muito próximo de nós vai embora. Como conviver com a dor, a saudade, a violência da separação? Como aceitar o inaceitável? Uma vez li em algum lugar: "quando nascemos choramos e todos riem perto de nós, pois devemos viver de maneira que na hora de nossa morte estejamos sorrindo e todos ali chorem". Poético, profundo, mas não alivia a tristeza e muito menos preenche o vazio. A morte é um momento de reflexão ampla, será que estamos nos empenhando em ser melhores do que aquilo que cobramos dos outros? Nossa presença no mundo faz diferença na vida daqueles que convivem conosco? O que aconteceria se não existíssemos. Como seria a história se nunca tivéssemos feito parte dela? Já pensei muito sobre isso, já procurei uma receita para representar uma parte importante na trajetória de meus amigos, parentes, vizinhos, conhecidos, desafetos. E cheguei a uma conclusão que é quase um consolo, se ainda estou aqui é porque devo fazer algo muito importante antes de partir em definitivo. Isso por alguma razão me deixou mais tranquilo e procuro repetir estas palavras àqueles que perdem um ente querido, felizmente tem funcionado. Nada como um alento numa hora de desespero e falta de esperança.

JCA

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