A cada dia que passa tenho mais consciência de que a cidade em que vivo se chama Itajubá. A terra da picuinha, dos desmandos, do abuso de poder, da incompetência administrativa, da incoerência humana. No último dia 4 de janeiro, como em todos os anos anterioriores, o Rio Sapucaí, aquele que não recebe nenhuma obra há mais de seis anos, resolveu colocar água para fora em alguns trechos e por conta disso a Rádio Futura FM passou todo o dia e grande parte da noite levando informações tranquilizadoras à toda cidade e região. Durante este período, tentamos entrar em contato com o Diretor da Defesa Civil, na intenção de levar à nossa audiência alguma informação oficial, porém o despreparado chefe (coronel) do executivo proíbe terminantemente que qualquer funcionário ligado à administração (administração?) fale com a Rádio Futura. O que deixa muito claro que este sujeito (o coronel) tem problemas mentais seríssimos e deveria procurar um tratamento com urgência. Mais do que um direito do cidadão de ser informado é obrigação do agente público informar e tranquilizar as pessoas que se sintam ameaçadas com relação ao risco de inundação, recebendo informação séria, coerente e democrática, ou seja, divulgada de maneira oficial a todos os órgãos de imprensa de Itajubá. Não se pode obrigar as pessoas a ouvir ou ler apenas as emissoras de rádio ou os jornais que bajulam a atual administração. Na hora do perigo iminente, quanto maior o número de pessoas divulgando a informação correta e precisa, tanto melhor para a tranquilidade da população.
Um dia ainda teremos nesta cidade um governante que seja político de verdade e homem de brio. Alguém que trate de modo sério as coisas sérias e saiba tirar proveito político de forma inteligente de tudo que aconteça. Todas as pessoas precisam começar a cultivar o desprendimento do poder, porque ele é transitório. É necessário conquistar o respeito próprio e não usufruir apenas daquele que o cargo que ocupam merece.
JCA
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