Uma das coisas mais difíceis da vida é conseguir agradar a todos com quem convivemos. São inúmeras as razões que levam a conflitos, algumas razoáveis e outras sem nenhuma esplicação lógica. Quero fazer uma viagem aqui e mostrar como são as minhas impressões a respeito das dificuldades em manter os relacionamentos, quer sejam afetivos, quer sejam profissionais ou ainda aqueles que são meramente eventuais. Vamos a eles, o humor das pessoas neste século que se inicia vem sofrendo variações muito maiores do que há alguns anos (tenho quase 50 e percebo a diferença), estas variações de humor acredito devam estar sofrendo os efeitos de uma sociedade consumista, com acesso muito facilitado a crédito, o que torna a aquisição de bens muito simplificada e consequentemente o desinteresse pelas mesmas muito mais rápido. Outra questão que deve ter reflexo imediato no comportamento humano deste 2010 é a constante luta por uma ascenção social que quando não é conquistada provoca uma frustração que, como se fosse a coisa mais natural do mundo, é descarregada em quem não tem nenhuma culpa do problema. A mídia mostra a toda a população um universo irreal, fantasioso e mesclado de toda espécie de artifícios para se atingir os objetivos desejados. Este mundo mostrado na televisão, principalmente fazendo com que um número cada vez maior de jovens entenda que este é o modo natural de se conseguir as coisas na vida, exemplo, pelo menos indevido e que pode fomentar uma distorção no caráter ainda em formação destes adolescentes. A disputa acirrada entre os gêneros parece estar voltando com força total e provocando conflitos que pareciam já sepultados em nossa geração. A vida deve ser difícil e repleta de desafios, até para que se valorizze as conquistas, mas alimentar a discórdia em nome de chegar ao topo custe o que e quem custar não me parece uma coisa salutar e muito menos uma maneira "normal" de convivência humana. No aspecto profissional estou disposto a dar um prêmio aos patrões, ou seja os donos de empresa, os gestores públicos, os responsáveis pela administração de modo geral que não conseguem manter o distanciamento necessário entre interesses particulares e a atividade que exercem (ou deveriam exercer) e também a devida separação entre a vida pessoal e a vida profissional. Sendo assim o funcionário, empregado, colaborador, seja dado o nome que for passa a funcionar como um para raio e sofrer todo o tipo de agressão sem nenhuma razão clara por conta de questões que nem mesmo passam por seu conhecimento. Como enfrentar este novo desafio do século XXI? Não consegui encontrar a resposta, mas não vou desistir de procurar, quero poder continuar acreditando que as gerações futuras terão desafios a enfrentar mas que sejam reais e naturais e não provocados e tendenciosos, visando interesses escondidos. Ah! Se alguém souber a resposta a estes questionamentos, por favor me conte. Vamos parar com a desculpa de que nem Cristo conseguiu, como nós poderíamos...
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