terça-feira, 2 de agosto de 2011

PERDI UM "GRANDE" AMIGO

Vai com Deus “Bicho Véio”
A morte é sempre inexplicável, sem consolo e dolorida, já acontece desta forma quando quem parte é um ser humano comum. Porém neste fim de semana Itajubá ficou mais triste, apareceu de repente um vazio sem tamanho e fez muita gente chorar. Partiu Buck Jones, o violeiro de talento amigo de todos e responsável por grande parte da cultura regional que existe entre nós. A simples presença do Buck já representava a certeza de que a alegria estaria presente, expansivo, cheio de histórias para contar, voz marcante e com um toque de violão diferenciado. Buck era o maior símbolo de artista auto-didata que conheci, aprendeu a tocar violão no telhado de casa, sozinho, descobrindo notas, conhecendo acordes e inventando melodias. Do menino no telhado a artista de cinema ele passou por todas as etapas da vida de um representante da cultura popular mineira. Muitos cantaram e tocaram em Itajubá, mas só Buck Jones viveu como artista, livre, feliz, criativo e inovador. Teve sempre três enormes paixões durante o tempo que esteve entre nós, os filhos, a mulher e principalmente a música. Foi neste universo musical que conseguiu mostrar a todos sua sensibilidade, falava de amor do melhor jeito do mundo, com simplicidade. Não tenho dúvida de que o céu não será o mesmo depois de sua chegada. Tião Carreiro que não o conheceu colocou numa música tudo que ele sempre viveu: “O som da viola bateu, no meu peito doeu meu irmão, assim eu me fiz cantador sem nenhum professor aprendi a lição...” Continuaremos aqui com este vazio no peito e na alma, mas com a certeza de que um dia destes a gente se encontra, sendo assim: até breve amigo.

JCA


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