Pobre Itajubá. As notícias chegaram como um alento, a Unifei vai mais que dobrar o número de alunos, o grande boom desenvolvimentista vai salvar a cidade da estagnação. O crescimento volta a ser uma realidade. Dias depois o então vice-governador anuncia a expansão da Helibrás, que também deverá dobrar o número de funcionários nos próximos anos, que espetáculo, mais empregos, mais dinheiro circulando no comércio. Finalmente a Unifei anuncia com orgulho o início das obras de implantação do Parque Científico e Tecnológico no Município. Começam então os problemas: Onde estas pessoas irão morar? Por onde irão circular os automóveis que elas trarão? Em que restaurantes elas irão se alimentar? Muita geração de emprego sim, mas para mão de obra especializada e os "nativos", população carente e sem formação? Onde será que vão trabalhar, onde vão morar, onde vão se esconder de tanto progresso?
O primeiro choque de realidade sentido pelos itajubenses foi no valor dos aluguéis. Quem não tiver casa própria nos próximos dez anos estará condenado a começar a construir as primeiras moradias de quarta ou quinta classe para se abrigar do sol, da chuva e proteger a família do frio e das chuvas. Vamos entrar num processo de favelização que dificilmente terá volta.
Quando será iniciado o planejamento urbano da cidade, nossas autoridades constituídas não irão acordar nunca para as suas responsabilidades? Pobre Itajubá, os aluguéis são apenas a ponta do iceberg que tomará conta do cenário nos próximos anos. Estamos entrando na era da desigualdade social. Quem viver verá.
JCA
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