sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A ÉTICA NA COMUNICAÇÃO

Até onde vai a sede por ser o primeiro a dar uma notícia? Qual o tamanho do estrago de uma informação divulgada de maneira indevida? Quando é que as emissoras de rádio e televisão deixarão de correr para colocar no ar um "furo"? A partir de que momento se faz necessário respeitar a individualidade e a privacidade das pessoas? Nossa, quantas perguntas. Vamos tentar responder algumas delas agora. Em primeiro lugar deve haver, por parte do jornalista, a devida responsabilidade natural da profissão de considerar que mais importante do que informar antes deve-se informar corretamente. Como naquela parábola das penas, depois que se diz nada pode evitar o efeito produzido, por várias razões, entre elas quem ouviu a notícia, dificilmente ouvirá a errata; os comentários são inevitáveis e a progressão é geométrica, especialmente no caso de escândalos envolvendo mortes ou sexo; o órgão de comunicação garante a audiência saindo na frente e o ser humano garante uma degradação de seu nome e sua vida por conta de uma informação imediata e não verdadeira. As grandes emissoras e redes de comunicação do país hoje vivem à caça de uma grande reportagem (sempre trágica), e por conta disso estão sendo reponsáveis pela criação de uma legião de hematófagos. São rádio ouvintes ou telespectadores que ficam diante da telinha ou de ouvido ligado em busca de da mais recente desgraça nacional. Agora está virando moda, colocar a vítima (quando consegue sobreviver), familiares de ambas as partes e também o agressor no ar, para deixar a população mais furiosa. A doença nacional parece ser os famosos reality shows e a notícia está, cada vez mais se incorporando à este perfil.
Será decente, sério, ético agir assim? Acredito que não mas em nome dos lucros os órgãos de comunicação vão vendendo o que há de pior e as pessoas, por falta de opção vão consumindo todo este lixo e achando natural. Que pena

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