sábado, 14 de agosto de 2010

SONHEI UM DIA TOCAR VIOLÃO

Numa de suas canções Caetano Veloso dizia,
Que as almas alivia e acalma os corações,
Se tomados de tristeza, se cheios de ressentimento,
Restaura em nós a leveza, poder tocar um instrumento.

Ainda muito menino, sonhei em tocar violão,
Quando tinha uns doze anos meu pai me deu um de presente,
Mas por estas obras do destino, não consegui a prender não.
Ah! Se eu previsse o engano teria feito diferente.

Depois de mais de trinta anos, comprei outro e insisti
Sonhava um dia solando, fazer chorar e fazer rir,
Nossa que mão de obra, os dedos não obedecem,
Eu queria dedilhar, tirar das cordas som puro,
A tal pestana era uma manobra, que me causava muito estresse
Mas decidi enfrentar, passei a treinar no escuro.

Depois de muito preparo, o som finalmente saiu,
Nossa! Que momento raro, a emoção me invadiu,
Confesso a vocês que chorei, quando toquei “Cuitelinho”,
Clássico popular, canção que todos conhecem,
Foi difícil acreditar que eu tinha feito sozinho.
Prá agradecer esta benção, na hora fiz uma prece.

Desse dia para cá, muito tempo se passou,
Fui aprendendo bem mais, procurando melhorar.
Na intenção de evoluir, professores fui buscar,
Não tive medo de pedir, nem preguiça de procurar.
Nessa minha caminhada, um deles se destacou,
E as coisas que ele me disse, para sempre me marcou.

Violão é como mulher é uma fonte de sentimento,
Pura, perfeita e sensível, pede beijo se alimenta de abraços.
Faz tudo que a gente quer nos domina e dá alento.
A semelhança é incrível, no arpejo e nos compassos,
A melodia que vier a harmonia do momento,
Brotam como ele quer das cordas de seu braço.

Se ele pudesse responder o que lhe fosse perguntado,
Eu gostaria de saber: como gosta de ser tratado?
E o violão responde vem cá,
Me pega no colo, me faz um carinho, encosta em teu peito meu pinho,
Me toca com jeito que eu vou me entregar.

JCA

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