Durante mais de quarenta anos, eu acompanho nas manhãs de domingo a fórmula 1. Adoro a velocidade, a técnica, a coragem e determinação dos pilotos. Assistia chegada (invasão) da tecnologia que transformou a categoria em um campeonato de equipes e não no mundial de pilotos que aprendia admirar e torcer. Há alguns anos, na era Shumacker, a mesma situação ocorreu com o Barrichello, mas no pódio, o alemão entregou o troféu para o brasileiro e, na corrida seguinte, devolveu a vitória ao "segundo" piloto para mostrar a equipe que não era assim que queria vencer. Ontem porém aquela aberração chamada alonso (minúsculo por merecimento) exigiu que a ferrari (idem) tirasse o Felipe Massa de sua frente por lhe faltar competência para ultrapassá-lo. E num atentado a desportividade, em total desrespeito aos torcedores, burlam as regras e modificam o resultado da prova. A indignação deveria ser dos concorrentes. Uma equipe não pode querer disputar um título mundial sendo desonesta, isso é um péssimo exemplo aos jovens, aos demais esportistas e principalmente à própria categoria, que se já estava em decadência, ontem confirmou. Não tem nada a ver com bairrismo, não é pelo Felipe, não é pelo Brasil, mas é pela crença de que, pelo menos no esporte, deve sempre vencer o melhor, no automobilismo: na pista; no futebol: dentro do campo; no box: em cima do ringue. Agora quando um "cartola" qualquer fica com um rádio decidindo o resultado, tudo perde a razão de ser, a competição fica descredenciada e a categoria desacreditada. Olhando esta manobra "suja" de ontem partindo de um espanholzinho que se diz bi-campeão mundial. Deve ter usado de todos estes artifícios imundos para conseguir isso. Mas agora fica também uma dúvida, será que o alemão Glock, não conseguiu mesmo aderência no final da prova que poderia dar a Felipe Massa o título? Nunca mais saberemos. A fórmula 1 está caminhando para o fim. Que pena. Acho que tenho que procurar outra diversão para as manhãs de domingo.
JCA
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