Todos já ouvimos alguém dizer assim: esta é a música da minha vida, a mulher da minha vida, a maior paixão da minha vida, a razão da minha vida e muito mais. Afinal de onde surgem estas expressões e na verdade querem dizer o que realmente?
No silêncio desta manhã, comecei a pensar neste assunto e na minha modesta opinião, não acredito que esta frase se já com relação ao que for não faz o menor sentido e vou tentar explicar por que.
Como é que uma pessoa que está viva, no auge de sua jovialidade mesmo que já tenha passado dos setenta anos, pode-se atrever a dizer que alguma coisa é mais importante, mais profunda, essencial ou definitiva numa existência que não se encerrou? Ora eu aceitaria sim esta afirmação de uma pessoa que estivesse para “tomar o barco”, como diz um amigo meu com relação aos que morrem. Ali nos últimos instantes com a certeza de que a missão neste plano está se encerrando sim, é possível avaliar o que foi ou deixou de ser a... da vida. Quantas vezes já ouvi uma mulher dizer que o fulano era o homem de sua vida e em alguns dias, semanas, meses ao encontrá-la com outro lhe perguntava sobre o tal homem de sua vida. A resposta olha eu estava enganada, mas este que encontrei agora sim é o homem da minha vida. E esta sucessão de parceiro perfeito e definitivo vai transformando aquilo que deveria ser o mais importante em sua vida em coisa nenhuma, em um grande engano.
A avaliação das coisas importantes da vida deve ser feita no momento de deixá-la. Esta é apenas a minha opinião, não estou dizendo que seja a maior verdade da vida.
JCA
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